Alimentação forte é estilo de vida flexível e prazeroso
Alimentação forte é estilo de vida flexível e prazeroso
Conceito de alimentação difundido pelo idealizador do site Emagrecerdevez.com se baseia no consumo de alimentos naturais, com foco na qualidade.
Divulgada, em 2018, pelo Ministério da Saúde, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) constatou que o hábito alimentar do brasileiro vem se tornando cada vez mais saudável. Conforme o levantamento, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 5%, de 2008 a 2017, e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas diminuiu 52,8%, no mesmo período.
Não obstante, o estudo revela que quase 18,9% dos adultos brasileiros estão obesos (um em cada cinco pessoas) e que 54,5% da população das capitais brasileiras estão com excesso de peso. Levando em conta que a obesidade e o sobrepeso facilitam o desenvolvimento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes, ainda há muito o que fazer no sentido de melhorar a condição de saúde do brasileiro de um modo geral.
Rodrigo Polesso, idealizador do site emagrecerdevez.com, especialista em emagrecimento e certificado em Nutrição Otimizada e Saúde e Bem-estar pela Universidade Estadual de San Diego, vem trabalhando há anos no sentido de melhorar os hábitos alimentares da pessoas, difundindo o conceito de “alimentação forte”.
O conceito é definido por Polesso como “estilo de vida flexível e prazeroso, fundamentado nos maiores níveis de evidência científica, que se baseia no consumo de ‘alimentos de verdade’, com foco na qualidade do que se come e não na quantidade, de forma a se atingir e se manter a boa forma, fortalecer a saúde, ganhar liberdade alimentar e viver sendo o seu absoluto melhor”.
De acordo com Polesso, em uma dieta alimentar correta deve-se privilegiar a qualidade em detrimento da quantidade. “‘Alimentação forte’ é uma filosofia que dá liberdade às pessoas para comerem os alimentos corretos, até se saciarem, atingindo e mantendo o peso ideal, sem se preocuparem com quantidade, porções, calorias etc”, explica.
Para entender a base da ‘alimentação forte’, é preciso saber diferenciar “alimentos de verdade” daquilo que Polesso denomina “substâncias comestíveis”. “‘Alimentos de verdade são, basicamente, aqueles encontrados na natureza, os mais nutritivos e que sempre fizeram parte da história do ser humano. ‘Substâncias comestíveis’ são alimentos industrializados tipicamente refinados ou ultraprocessados e pouco nutritivos”, explica o especialista em emagrecimento.
Exemplos de “alimentos de verdade” são: carnes, peixes, gorduras naturais (azeite de oliva, óleo de coco), sementes, laticínios integrais, castanhas, legumes, folhas e frutas. Já “substâncias comestíveis” são como açúcar, adoçantes artificiais, farináceos, massas e óleos vegetais.
Conforme Polesso, pouco a pouco, o ser humano foi perdendo a conexão com os alimentos naturais, que embasaram sua evolução como espécie. “Não é por coincidência, nem por milagre, que as pessoas estão cada vez mais obesas, doentes, sofrendo toda a sorte de problemas que antes eram raros”, afirma. Nesse sentindo, passar a ter um estilo de vida baseado em uma alimentação saudável, “é uma forma de desintoxicar o corpo das ‘substâncias comestíveis’ e regular o organismo e seu sistema hormonal” diz.
Um dos grandes benefícios da “alimentação forte”, de acordo com especialista em emagrecimento, é a possibilidade de não restringir os alimentos a serem ingeridos no dia a dia, o que traz mais flexibilidade em relação às rotinas alimentares que podem ser implementadas. “Pode-se ter uma ‘alimentação forte’, mais baixa em carboidratos ou mais generosa neles. Tudo depende do seu objetivo”, esclarece.
Conforme Polesso, muitos acabam sendo atraídos para esse estilo de vida porque desejam emagrecer, perder gordura, atingir e manter o peso ideal sem controle de calorias ou porções. “Mas, a ‘alimentação forte’ também é recomenda por quem deseja fortalecer a imunidade, recuperar a saúde, ser uma pessoa mais positiva”, destaca.
Para as pessoas que buscam adentrar ao universo da “alimentação forte”, rica em nutrientes, gorduras boas e baixa em carboidratos, Polesso dá dicas a respeito de alimentos que devem ser ingeridos e outros que devem ser evitados a qualquer custo.
Entre os saudáveis estão:
– Salmão: rico em ômega 3, tipo de gordura poli-insaturada, benéfica para a saúde cardiovascular e cerebral;
– Azeite de oliva extra virgem e abacate: alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a reduzir o nível de colesterol ruim no sangue;
– Nozes e castanhas: ricos em fibras e gorduras boas;
– Ovo: conforme Polesso, é um dos alimentos mais completos da natureza. “Muitas pessoas não comem ovos por conta do colesterol, mas o colesterol da alimentação tem pouca ligação com o do sangue”, diz.
– Morango e frutas da mesma família, como amora e framboesa: representantes de frutas com baixo índice glicêmico são bem-vindas em uma alimentação nutritiva, mas baixa em carboidratos.
Entre os alimentos danosos à saúde, Polesso destaca:
– Pão: possui alto índice glicêmico, ou seja, estimula bastante a glicemia, hormônio que favorece o armazenamento de gordura. Contém glúten, composto de proteínas bastante prejudicial a muitas pessoas, podendo causar problemas digestivos e intestinais. É pouco nutritivo.
– Açúcar: grande vilão para quem deseja emagrecer, podendo ser encontrado em diversos alimentos como massa de tomate, sucos, doces, salgado e temperos;
– Óleo vegetal (óleo de soja, de camomila, de milho etc.). Segundo Polesso, é extremamente pró-inflamatório, fraco em nutrientes, oxidante e contém resquícios de gordura trans. “Trata-se de uma aberração industrial”, afirma.
Matéria Original em: https://anselmosantana.com.br/2019/01/10/alimentacao-forte-e-estilo-de-vida-flexivel-e-prazeroso-3/