EXISTE LIMITE PARA O PERDÃO?

EXISTE LIMITE PARA O PERDÃO?

 

            Não existe limite para o perdão. O Mestre Jesus ensinou a perdoar 70 X 7, ou seja, a perdoar sem limites. Também, como outros mestres amorosos, pediu que não julgássemos ninguém, mas acolhêssemos. Nesse sentido, Buda esclarece: “Aquilo que reprovo em ti corrijo em mim.”

            Mas o perdão tem ritmo próprio. Jamais é forçado, ao contrário, é espontâneo. Às vezes acontece aos poucos. Perdoar significa ficar mais leve. Nem sempre a reconciliação é possível em virtude do tamanho da cicatriz ou porque o outro continuará a me ferir se eu conviver com ele. De qualquer forma, o perdão é cura tanto para quem perdoa, como para quem é perdoado.

            Nesse sentido, a meditação/o mantra pilar do Ho’oponopono auxilia (e muito!) a viver a leveza do perdão: Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato (a). Curar o outro, a situação, o entorno, dentro de si para que o exterior se transforme, seja mais harmonioso. Esse é um dos objetivos do Ho’oponopono.

            Um amigo sacerdote católico contou sua história de vida. A mãe, empregada, engravidou do patrão. Criado numa casa de acolhimento, não conheceu o pai biológico. Um dia, o arcebispo de uma grande cidade começou a empreender a busca pelo pai biológico daquele jovem e o encontrou. Foi marcado um encontro de reconciliação, o qual teve bom resultado. Ao final do encontro, o pai biológico pediu ao jovem sacerdote para batizar seu primeiro neto. Com gentileza, o padre disse que não o faria, que procurasse o padre da paróquia. Cada coisa a seu tempo, cada passo por vez.

            O mesmo padre contou sobre uma experiência de reconciliação numa missa. Numa fileira a mãe que teve o filho assassinado. Na outra, ao lado, a mãe do rapaz que assassinara o filho da mulher ao lado. Na hora do Pai-Nosso ambas se deram as mãos e choraram muito. Uma perdeu o filho (assassinato), mas a outra também perdeu o seu (encarceramento). As dores maternas geraram empatia. A empatia favoreceu o perdão.

            Em tempo: “mágoa” é “má água”. Deixe escorrer, ir embora, por meio das lágrimas, do suor, da urina. A mágoa não serve para nada.

            Sinto muito, me perdoe, te amo e sou grato!

 

Dermes (Ademir Barbosa Júnior) é terapeuta holístico, atuando com várias técnicas. É escritor e professor, Mestre em Literatura Brasileira pela USP, Doutor honoris Causa pelo MCNG – IEG e Pós-graduado em Ciências da Religião pelo Instituo Prominas.

 

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