O desafio de ser pai e mãe nos dias de hoje

O desafio de ser pai e mãe nos dias de hoje – Orientações de uma psicóloga cristã

Você pode ser amigo dos seus filhos, mas sem perder a sua posição de autoridade.

FONTE: GUIAME, MARISA LOBO

Alguns pais sentem muita dificuldade quando percebem que a educação dos filhos não é tão fácil o quanto imaginam.

Nós podemos falar sobre educação familiar sob várias perspectivas. A antropológica, religiosa e psicológica são algumas delas, e todas são válidas, porque não se excluem. Pelo contrário, elas se agregam através de um conhecimento que foi herdado e construído ao longo dos séculos, o que nos permite refletir sobre o desafio de ser pai e mãe nos dias de hoje, uma responsabilidade que parece estar ficando cada vez mais difícil na atual geração.

Quero trazer aqui situações reais, frutos do que tenho ouvido dos pais e do que já presenciei ao lidar profissionalmente com a dificuldade de lidar com os conflitos familiares. Sem dúvida você vai se encaixar em algum desses contextos, dos quais pretendo repassar algumas orientações simples, porém eficientes. Não se trata de uma receita mágica e universal, porque cada caso possui suas peculiaridades, mas é uma visão que abrange boa parte dos problemas e maneira como a maioria dos pais confirmam a eficiência da orientação.

01 – Não crie falsas expectativas

Alguns pais sentem muita dificuldade quando percebem que a educação dos filhos não é tão fácil o quanto imaginam. O principal motivo disso em nossos dias é a diferença de geração. 20 anos atrás não tínhamos o acesso à internet e dispositivos tecnológicos como nos dias de hoje. Os filhos eram educados pelos pais ou no máximo pessoas próximas, como parentes e vizinhos, sendo a base comunitária e o vínculo familiar a principal referência das crianças.

Atualmente isso é praticamente impossível! A família atual educa seus filhos na companhia da internet, um mundo conectado e repleto de informações que constantemente desafiam a autoridade dos pais e colocam seus ensinos à prova.

A recomendação nesse caso é ter a consciência de que vocês podem, sim, se sentir impotentes em algumas situações. Desafiados, questionados e cansados. Saber disso é importante porque evita que você queira vestir a roupa do super pai ou mãe, e mais na frente se frustrar.

Apenas seja pai e mãe, sem se preocupar em ter todas as respostas e soluções. O “não saber” faz parte do aprendizado de grandes pais e mães. O mais importante nessas horas é estar presente afetiva e fisicamente na vida dos seus filhos, de forma positiva, porque isso já é 50% do que eles precisam.

02 – Crie limites precisos

Por alguns motivos já explicados acima, a nossa geração está marcada pela falta de limites. Crianças crescendo sem saber lidar com a frustração de ouvir o “não” tem sido um mal terrível. O imediatismo e a ansiedade tomaram conta de muitos relacionamentos e os filhos estão absorvendo essa dinâmica psicológica negativa, porque não possuem limites como referência.

A orientação contra isso é criar regras. Elas devem existir, obviamente, de acordo com cada faixa etária, mas quando mais cedo forem aplicadas, melhor. Quanto mais tarde, mais trabalho os pais vão ter para cobrar o cumprimento delas.

Independente disso, há orientações gerais, como por exemplo, determine os horários de acordar, dormir, se alimentar (refeições principais), estudar e brincar. Determine tarefas simples como arrumar a cama e o quarto, guardar os brinquedos, talheres ou lavar pequenas quantidades de roupas, louças, (de acordo com a idade), varrer o terraço e também o tempo que passam na internet. Isso é muito crucial para o autocontrole, disciplina e respeito às figuras de autoridade no futuro.

03 – Não confunda autoridade com amizade

Outro grande problema de pais e mães atualmente é a confusão que fazem da amizade com os filhos com a posição de autoridade. Muitos pais querendo se tornar amigos dos filhos deixaram de exercer a função de pai e mãe, enquanto outros querendo apenas exercer autoridade, deixaram de ser amigos dos filhos, se tornando pessoas distantes e “frias” com eles, como se respeito se conquistasse com semblante emburrado e palavras de ordem o tempo inteiro.

Esse é um problema sério, porque os filhos que crescem achando que os pais são apenas grandes amigos, não vão ouvir suas orientações quando estiverem mais velhos. Diante de questões decisivas na vida, quando você, pai ou mãe, orientar um caminho, eles não vão tomar a sua palavra como a de alguém que possui autoridade em sua vida, mas apenas como um conselho de “amigo”. Nesse caso, não faz diferença alguma a sua palavra em relação a qualquer outra orientação de “amigos”.

Você pode ser amigo dos seus filhos, mas sem perder a sua posição de autoridade. Para isso reforço a importância do item dois acima (crie limites precisos), onde a cobrança por ele marca essa diferença. Suas cobranças fazem parte da sua autoridade, enquanto o sentar e ouvir, conversar e explicar o motivo dessas cobranças, fazem parte da amizade. Quando empatia, diálogo, paciência, limites e cobranças caminham jutos, você se torna amigo sem deixar de ser autoridade.

04 – Seja o maior exemplo para seus filhos

Não adianta exigir dos filhos algo que você mesmo não transmite confiança, valor e dedicação. A melhor educação dos filhos está no exemplo dos pais. A natureza nos dotou da capacidade de aprendizado por imitação. Filhos que crescem em um ambiente emocionalmente equilibrado, tendo uma rotina básica essencial para o cumprimento de compromissos como estudo, trabalho, hora de lazer, vida social, religiosa e tantas outras atividades, aprendem muito mais através do exemplo do que da ordenança.

Isso exige disciplina também dos pais, por isso educar filhos não é uma tarefa tão simples. Ela requer maturidade dos pais, disposição e compromisso. O bom é que o amor que sentimos por nossos filhos torna essa atividade muito mais prazerosa. É um ofício que ao longo dos anos nos trás orgulho e felicidade, muito mais do que qualquer outra coisa. Acredite, você pode aprender sempre e com isso melhorar a relação com seus filhos. Basta querer!

Por Marisa Lobo - Psicóloga, especialista em Direitos Humanos e autora de livros, como "Por que as pessoas Mentem?", "A Ideologia de Gênero na Educação" e "Famílias em Perigo".

Fonte : https://guiame.com.br

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