Misoginia, o ódio às mulheres

Cada vez que uma mulher é tratada como alguém inferior, como uma coisa ou animal, isso se deve à misógina, a discriminação ao feminino. Desde o código de Hamurabi, 1776 a.C., a vida de uma mulher vale menos que a de um homem. No livro Sapiens, o autor, Yuval Noah Harari, coloca um trecho do documento que não deixa dúvidas disso.

"A vida de uma mulher comum vale 30 siclos de pratas e a de uma escrava, 20 siclos de prata, ao passo que o olho de um homem comum vale 60 siclos de prata." Deu pra sacar como é valorada a nossa vida, desde a revolução agrícola? Quando deixamos de ser caçadores/coletores e passamos a plantar e definir mais claramente os papéis de gênero: homens saem e se aventurar, mulheres plantam, cozinham, procriam e obedecem.

Fazendo um grande salto para os dias de hoje, nas artes, existe uma máxima que diz “para uma mulher é mais fácil entrar no museu nua”, referente ao Metropolitan Museum, onde menos de 3% dos artistas são mulheres, mas 83% dos nus são femininos. Tanta a frase quanto os dados se referem à 1984, mas de lá pra cá pouco mudou.

O cinema, a publicidade e principalmente a pornografia representam as mulheres de forma subjugada, humilhada, servil. Isso diminui a nossa autoestima enquanto gênero e deixa sinais invisíveis para a sociedade do que é “ser mulher”. Nossas “feminilidades” são enfatizadas para nos deixar fracas e vulneráveis. A pesquisadora australiana Raewyn Connell explica que a partir dos anos 1950, quando os homens voltaram da guerra, as mulheres foram impelidas à cozinha, ao cuidado dos filhos e a serem perfeitas. Isso era necessário para que os homens pudessem reafirmar a sua masculinidade “hegemônica”, em bom português, mostrar quem manda.

Para refletir: recomendo fortemente o documentário The Mask You Live In e as séries Mad Men be Handmaid’s Tale.

Ana Cardoso


Mad Man Série 

The Mask you Live in 

The Handmaid's Tale

upload.png
upload.png
upload.png
Previous
Previous

Afonso Padilha .

Next
Next

Edilamar Martins