Fique de olho nos sinais de seu filho, ele pode estar sendo vítima de abuso sexual.

Pode parecer difícil acreditar que frequentemente, o agressor/abusador é um membro da família ou responsável pela criança ou alguém que ela conhece, no qual muitas vezes confia e pode até ter uma relação afetiva. Muitos pais nos dizem: “Não entendemos o porquê dele (a) não ter nos contado isso antes”, o jogo do silêncio que geralmente ocorre juntamente com situações de abuso, é explicado pelo fato envolver vergonha (de contar o que está acontecendo), medo (de não saber se irão acreditar ou o que acontecerá) e culpa (por não ter contado antes ou não ter impedido).

Então como podemos auxiliar a criança e perceber quando algo de errado pode estar acontecendo? Aqui vão alguns sinais aos quais devemos estar atentos:

  • Medo repentino de algo ou alguém em particular;

  • Choro excessivo quando em contato com determinada pessoa;

  • Mudanças repentinas e drásticas de personalidade (uma criança normalmente extrovertida passa a ser submissa e passiva, uma criança geralmente meiga passa a ter comportamento agressivo);

  • Medo de ficar sozinha ou separada dos pais (principalmente quando na presença de um suposto agressor);

  • Tornar-se mais quieta ou parar de se comunicar quase por completo (ou ainda gaguejar)

  • Medo de tirar a roupa;

  • Aparecimento de queimaduras, roxos, cortes ou outras lesões sem origem explicável. Sabemos que eles vivem machucando pernas, joelhos, canela, cotovelo. Estamos falando quando tais machucados aparecem em locais menos comuns como: costas, braços, peito, cabeça ou genitália;

  • Dor, coceira, sangramento na genitália ou região próxima. Dificuldade de andar, sentar ou indícios de infecção urinaria (lembrando que tal infecção também pode ter outras causas);

  • Estresse emocional;

  • Auto mutilar-se;

  • Ficar excessivamente desconfortável em consultas médicas ou quando tocado (a);

  • Apresentar sinais de regressão (voltar a fazer xixi na cama, chupar bico, falar como bebê);

  • Dificuldade de dormir e/ou ter pesadelos com maior frequência;

  • Interesse excessivo em sexualidade ou apresentar comportamento hipersexualizado;

  • Dificuldade em se relacionar/brincar com outras crianças;

Frente a tantas possibilidades o que fazer se suspeitar que uma criança possa estar sendo vítima de abuso?

Converse com pais/responsáveis da criança para averiguar se estes também percebem tais sinais ou mudanças na criança. Observe se tais situações se repetem com frequência, ou se o comportamento da criança não pode ser explicado por outra situação na qual a criança esteja envolvida (morte de familiar, mudança de escola/casa, separação dos pais, etc.).

Lembre-se que você não está só, existem inúmeros profissionais especializados em casos de abuso e estarão a sua disposição para lhe orientar a como proceder, auxiliar a criança e você a superar, da melhor maneira possível, essa situação.

E, sobretudo a parte MAIS IMPORTANTE desde post: Se suspeitar que uma criança possa estar sendo abusada, seja física ou emocionalmente, DENUNCIE!

A sua vergonha ou medo de denunciar pode ser fatal para a vida da criança!

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