Exposição - O sussurro que entorpece o tempo
O sussurro que entorpece o tempo
Exposição Café Ópera 2019
A Exposição “ O sussurro que entorpece o tempo” da fotógrafa goiana Jordana Barale, é fruto dos 3 mêses em que esteve vivendo na Itália. São imagens de Roma, Napoli , Pompéia e Florença com uma linguagem singular que proporciona a quem já conhece o olhar da fotógrafa, identificar a autoria desde a primeira foto.
A inspiração para esta coleção de imagens surgiu com o convite do Café Ópera para inaugurar o cantinho dos artistas que terão oportunidade de expor e comercializar os seus trabalhos dentro do Café. Jordana será a primeira dentre muitos artistas que usufruirão de um espaço tão aconchegante e personalizado que torna a arte acessível para consumo de quem se identificar acompanhado de saborosos cafés e companhias.
O que a autora diz:
“ A emoção de ver meus dias nas reticências do presente com os parênteses do passado e preparando o parágrafo para o futuro, me fêz ouvir os sussurros do tempo. Deixei o Brasil com um hiato no coração, meu presente encharcado do passado e meu futuro condicionado pela força de um sobrenome. Foram dias lindos mas sombrios, a saudade de casa, a burocracia de uma cidadania, o reencontro com minhas características italianas e os cafés que me consolovam todos os dias . Produzi essas fotos neste contexto, me perdendo para me reencontrar dentro de mim e pelas ruas da Itália. Sem domínio da língua uma vez mais meus olhos foram a minha melhor forma de expressão e entorpeceram as dores por estar longe de vocês.
Que estas imagens entorpeçam sua retina no belo, que elas sussurrem para a sua alma e que o desejo de provar o inesperado te traga a urgência de viver intensamente. Quer uma dica? Aproveite este momento com a companhia de uma xícara de café feita pelos melhores amigos do meu mundo e saibam que este cantinho aí é um dos meus lugares preferidos , pois a prosa é boa, a amizade é genuína e sempre terá o aconchego do meu lar.”
Sobre a Fotógrafa:
Interagir para comunicar. Jordana Barale procura essa abordagem para conseguir o resultado que cativa mais do que retinas, mas também corações. Fotógrafa a 11 anos é palestrante em congressos de fotografia e cursos de mobgrafia, já realizou trabalhos para matérias jornalísticas, capas de livros e CDs, diversas exposições na área cultural e atuação ativa nos trabalhos sociais. Atualmente reside em Londres atuando em projetos autorais.
01- Quando ouvimos com outros sentidos, percebemos que somos capazes de entorpecer dores e despertar felicidades, basta ter o tempo como aliado enquanto insistimos em caminhar.
02- Eu sei, é complicado ficar visitando o nosso interior enquanto reavaliamos a nossa história, mas o prazer de encontrarmos memórias por essas ruas podem tornar-nos ainda mais parecido com quem realmente somos.
03- O que vejo é uma interferência assídua e condicional de uma alma que não contenta-se em apenas sentir.
04- Enquanto somos confrontados com as mazelas de nossa existência suportando tempestades, sensibilizamo-nos com os outros que estão saltando poças e enfrentando torrentes .
05- É maravilhosa a liberdade de ver um céu estrelado, mas visitar nossos recônditos e contemplar a sua complexidade, é uma dádiva dos que ousam se conhecer.
07- Andar sobre a história e ouvir o sussurro dos fatos eleva-nos ao mais sincero senso de respeito.
08- O tic tac que desfoca a urgência do amanhã.
09- Tudo que enxergamos não é uma verdade absoluta, é apenas uma necessidade absurda de darmos o nosso ponto de vista sobre o entorno.
10- É barulho de chaleira e de prosa, é convite para varanda, é ouvir a risada fácil da Marcinha e a sabedoria descontraída do Beto, é a presença acolhedora da Eleuza e o sopro da flauta do Romero, é o timbre de amizade genuína e o cheiro de casa, é café ópera.
11- É só o meu ponto de vista de cabeça para baixo, é só o meu outono dando lugar ao inverno, é só a minha constante mutação do lado de cá da ravina.
12- Notas sobre mim: “ Por fazer sentido e acalentar minha alma é que clico. Clico com máquinas fotográficas ou celulares, se colocarem uma caixa de papelão em minhas mãos até assim fotografarei. Não há como exonerar da minha essência o que brota dos meus olhos. Sendo assim, interrompo a noite que vez ou outra pinta de sombras o que enxergo afim de ditar quem rezará os traços do que vejo, afinal, por maior que seja a escuridão , quem faz a fotografia é a luz e não a sombra. Por isso, aprimoro meus cafés, minha luz e minha fé, tirando a força do escuro para que o medo não me domine prevalecendo o que brota de minha retina: poesia, luz e vida!”
A exposição estará em cartaz do dia 05/02/2019 a 10/02/2019 no:
Chelsea Gallery
Old Town Hall, 165 - 181
King,s Road
SW3 - 5EZ
Opening Times:
Monday/Tuesday/Thurday: 9:30Am do 8PM
Wednesday/Friday/Satruday: 9:30AM to 8PM
Sunday: 1 to 5 PM
Free entry
Photographer
+44 07801 345068