O próximo bilhão de consumidores digitais
O próximo bilhão de consumidores digitais
Os novos consumidores chegarão ao mercado pela via online. Seu negócio está preparado?
Por Nancy Campos, embaixadora da RME
Continuando a nossa prosa sobre as tendências que podem impactar os nossos negócios neste ano e nos próximos, o levantamento “The Future 100 – 2018”, da consultoria internacional J. Walter Thompson (JWT) destaca: o próximo bilhão de consumidores chegará ao mercado pelas vias digitais.
As vendas online crescem exponencialmente ano a ano, graças à popularização dos smartphones, à disseminação dos aplicativos e à adoção dos canais digitais por empresas de todos os segmentos econômicos – indústria, comércio e serviços.
As inovações, que até então brotavam principalmente dos países da América do Norte e da Ásia, agora despontam de outras paragens, como Israel, Índia e China. Neste movimento, caem as barreiras linguísticas e o nosso mercado se amplia: os apps são disponibilizados nos idiomas de cada país e os nossos clientes podem vir do mundo todo.
Para ajudar, a tecnologia 5G já está chegando para substituir, de forma 100 vezes mais rápida, o 4G. Para quem gosta, detalhes: ela será capaz de transferir 10 gigabits de dados em apenas um segundo.
Mas quem precisa de conexão?
O navegador UC, da chinesa Alibaba, por exemplo, requer menos dados para atender a usuários com conexões de baixa velocidade em locais como a Ásia rural. O SHAREit, um aplicativo da Lenovo também na China, permite aos usuários transferir música e filmes para telefones de amigos de forma offline, economizando custos de dados.
Aqui no Brasil temos igualmente diversos exemplos: quem nunca usou o Google Maps ou Spotify na versão offline?
“Os líderes emergentes estão criando aplicativos e serviços que respondem às necessidades locais e, ao fazê-lo, eles estão construindo produtos para o futuro da internet”, afirmou Caesar Sengupta, vice-presidente de gerenciamento de produtos da Google ao Wall Street Journal recentemente.
Por que tudo isso é importante? Porque o próximo bilhão de pessoas on-line pode mudar a forma como a internet funciona, com novos aplicativos e novos hubs de inovação, impactando significativamente os negócios, como aponta o estudo.
No lado positivo desta história está o desenvolvimento de recursos tecnológicos mais inteligentes e eficientes para nos apoiar. Do lado negativo está o risco de manipulação pelas forças que usaram o Facebook, Twitter e outras mídias sociais para espalhar a desinformação, ou seja, as fake news, segundo a consultoria.
Realidade aumentada e internet das coisas também estarão fortemente relacionadas à nova onda de oferta e demanda virtual, que veio para ficar. O seu negócio está preparado para percorrer esta via rápida digital?