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Oportunidades de negócios que ajudam na prevenção de desastres naturais

Oportunidades de negócios que ajudam na prevenção de desastres naturais

Por Daniel Toledo*

Todos os anos, os Estados Unidos são atingidos por furacões e tornados. Em 2005, o Katrina arrasou a Costa Sul do país e deixou mais de 1.000 mortos, com prejuízo de 108 bilhões de dólares; em 2012, a tempestade Sandy devastou os Estados de Nova Jersey e Nova York, causou mais de 120 mortos e prejuízo estimado de 71 bilhões dólares. Mais recentemente, a tempestade Harvey que passou pelo Texas, matou 30 pessoas e pode ter deixado um prejuízo em torno de 12 bilhões de dólares. Em meados de setembro de 2017, o Irma, que perdeu força após deixar mais de 40 mortos, entre a Flórida e o Caribe.

Esses desastres movimentam a economia. Com a aproximação do Irma uma semana antes de sua chegada, muitos estabelecimentos não tinham mais água na região de Miami, o preço do combustível subiu, alguns itens de alimentação começaram a faltar nos supermercados, assim como pilhas e itens para estocar. Mais de 7 milhões de residências permanecem sem luz e os prejuízos são estimados em 50 bilhões de dólares.

O que é prejuízo para uns, seguradoras, por exemplo, pode ser lucro e possibilidade de negócios para outros. Acompanho muito os fenômenos naturais, por conta de oportunidades de investimentos que eles geram: ações de empresas que sobem e descem, novos negócios em construção residencial e comercial, além de manutenção e prevenção imobiliários. Alguns exemplos de opções que podem ser exploradas:

· Reforço de proteção em vidros: no Japão há uma película invisível que pode ser instalada fora da janela e suporta até 600 kg de impacto. Aqui nos Estados Unidos o costume é usar apenas películas internas, que evitam apenas que o vidro se estilhace, mas não têm a mesma proteção da tecnologia japonesa.

· Instalação de barreiras móveis: para evitar que a água entre na casa ou comércio há uma tecnologia na China que substitui placas metálicas por pequenas placas acrílicas, mais leves, menores e com durabilidade maior.

· Energia solar: os primeiros recursos impactados quando acontece um desastre natural de grandes proporções são a energia e a água. A tempestade passa em um ou dois dias, mas as pessoas ficam sem luz e água quente, por exemplo, por semanas.

Hoje o país está muito bem preparado e há uma série de aparatos tecnológicos para prevenção. Eu acompanho as boias do NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), departamento do governo dos Estados Unidos que monitora fenômenos meteorológicos e de clima, para emitir alertas sobre desastres naturais. Eles captam dados como temperatura da água e do ar, movimento do vento e da água e uma série de outras informações que com o tempo, mesmo sem ser um especialista no assunto, é possível entender.

E, para quem deseja vir para o Estados Unidos, sempre indico que faça isso em um momento adequado. Os meses de dezembro e janeiro são a época do ano mais tranquila para se mudar para a Flórida, por exemplo, para que os imigrantes possam se acostumar com a cultura e se preparar para a época de tornados que começa em julho.

*Daniel Toledo é advogado especialista em Direito Internacional, sócio-diretor da Loyalty Miami, consultoria que realiza a implantação, gestão e administração de negócios internacionais www.loyalty.miami e presidente da ABAC – American Brazilian Association of Commerce.

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