Adriana Chiari Magazine

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LGBTQIAP+

Já imaginou ter de esconder quem você é? Desacreditar na sua personalidade, no seu jeito de ser, por causa do que ensinaram para você? As palavras têm o poder de romper silêncios, mas também são capazes de instaurar as maiores angústias e uma dolorosa mudez. Essa é uma realidade que afeta milhares de pessoas LGBTQIAP+ cotidianamente, uma cultura na qual “falar é concretizar as coisas”, como demonstrado pelo provérbio árabe, manter-se em silêncio se tornou um mecanismo de autodefesa das pessoas dessa comunidade, mas também perpetuou uma condição de solidão, algo que afeta profundamente a saúde psicoemocional desses indivíduos marginalizados. É preciso romper a quietude, mais do que nunca é necessário fazer-se ouvido, e mais, ser respeitado. Então, ora, se a fala tem esse poder de instituir realidades e transformá-las em algo concreto, talvez seja possível usar isso na construção de uma vida mais feliz, um debate precioso e oportuno para celebrar a chegada de junho, o mês do orgulho LGBTQIAP+.

Sigla essa que abarca uma diversidade e pluralidade de indivíduos em cada uma de suas letras:

  • L – Lésbicas. Designa as mulheres, cis ou trans, que sentem atração por outras mulheres, cis ou trans, de forma romântica ou sexual.

  • G – Gays. Corresponde aos homens, cis ou trans, que se sentem atraídos por outros homens, cis ou trans, de forma romântica ou sexual.

  • B – Bissexuais. Diz respeito às pessoas que se relacionam romântica ou sexualmente com indivíduos de ambos os sexos/gêneros (feminino e masculino).

  • T – Transexuais e Travestis. A transexualidade se refere aos indivíduos que se identificam com o gênero que se distingue ao sexo designado ao nascer, abarcando homens e mulheres que buscam adequar-se à sua identidade de gênero. Enquanto isso, travestis são pessoas que buscam a construção de uma identidade feminina permanente oposta ao seu sexo biológico.

  • Q – Queer. Trata-se em si de uma designação tida como “guarda-chuva”, funcionando como um termo que abrange todos da comunidade que não desejam ou não se veem dentro das demais designações, ou seja, sujeitos que não se identificam nem se nomeiam com nenhum gênero em específico.

  • I – Intersexo. Abarca as pessoas que têm desígnios sexuais biológicos (órgãos, hormônios e cromossomos masculinos e femininos) de ambos os gêneros.

  • A – Assexuais. Nomeiam indivíduos que não possuem qualquer tipo de atração sexual pelas demais pessoas, sejam sujeitos do mesmo gênero/sexo ou indivíduos opostos.

  • P – Pansexuais. É a orientação sexual que designa as pessoas que desenvolvem atração romântica e sexual pelos demais indivíduos, independente da identidade de gênero destes. É importante ressaltar que a pansexualidade se difere da bissexualidade como nível de importância da identidade de gênero para que o indivíduo se relacione ou não com a pessoa.

  • +(mais) – Corresponde a outras orientações sexuais, identidades e expressões de gênero que são abraçadas pela sigla, além de representar a abertura de uma futura inserção de novas orientações e identidades, demonstrando uma infinitude plural e diversa diante do espectro romântico, sexual e de gênero da humanidade.