A alimentação saudável tem sido um dos assuntos mais comentados do momento, uma preocupação crescente não só no mundo, mas principalmente no Brasil. Por aqui, a busca por cuidar da saúde através da comida é cada vez maior: um estudo da empresa global de pesquisas GFK aponta que 70% dos brasileiros têm interesse por alimentos saudáveis, enquanto 86% evitam consumir alimentos processados. E com essa tendência, a procura por alternativas mais benéficas só cresce, e é aí que entram os alimentos orgânicos. 

“Orgânico” pode parecer só outro termo para se referir a uma alimentação mais equilibrada, mas, na verdade, falar sobre esse tema aqui no Brasil envolve uma grande indústria que movimenta bilhões de reais no mundo todo. Mas afinal, o que é a alimentação orgânica, e por que essa produção e consumo só aumenta? É benéfico, vale a pena? Vamos tirar suas principais dúvidas e entender como ela pode ajudar você a levar uma vida mais saudável. 

O que são alimentos orgânicos?

São orgânicos todos os alimentos que não usam pesticidas, adubos químicos, hormônios, agrotóxicos ou qualquer substância sintética ou transgênica. Isso significa que são cultivados, produzidos e distribuídos da forma mais natural possível. Além disso, os alimentos orgânicos, mesmo quando processados, também são colhidos e produzidos em um processo totalmente sustentável, ou seja, sem causar nenhum dano ao meio ambiente. 

Quais são os benefícios dos alimentos orgânicos?

A diferença do orgânico para o inorgânico está relacionado a presença de agrotóxicos e outros fertilizantes químicos, ou seja, substâncias sintéticas usadas na pecuária, como pesticidas, fertilizantes, adubos sintéticos e agrotóxicos. Esses componentes podem diminuir a eficiência dos antioxidantes naturais presentes nos vegetais, frutas, etc., como a vitamina C, por exemplo.

Também, é consenso de que os agrotóxicos e substâncias sintéticas também deixam rastros de metais pesados, resíduos de fertilizantes, alguns componentes tóxicos e teores de nitrato. Assim, consumir alimentos orgânicos pode reduzir a incidência de infertilidade, defeitos congênitos, sensibilidade alérgica, infecções, e por aí vai. 

Outro benefício da alimentação orgânica está na sua produção: a pecuária orgânica utiliza processos e tecnologias alternativas que buscam não causar danos e desequilíbrio ao ecossistema local, isto é, não agridem a natureza e o meio ambiente, sendo uma forma bem mais limpa e saudável de se alimentar sem agravar a crise climática. 

Alimentos orgânicos são mais saudáveis?

Apesar de os alimentos orgânicos carregarem a mesma quantidade de nutrientes, vitaminas, minerais e antioxidantes normais, consumi-los diariamente pode, sim, ser mais benéfico do que os alimentos “normais”, ou seja, os inorgânicos. É comum ver pessoas que chamam a comida orgânica de “comida sem veneno”, justamente porque elas não têm nenhuma substância que pode, a longo prazo, ser prejudicial. 

Ah, e é bom lembrar que, como estamos falando de comida que se come todo dia, essas substâncias químicas venenosas também passam geneticamente, ou seja, quando pensamos nos efeitos negativos dos agrotóxicos, falamos também de efeitos que podem atingir gerações futuras. 

Como inserir orgânicos na minha alimentação?

Por mais que sejam mais benéficos, a forma de produção, livre de agrotóxicos e em processo totalmente natural e sustentável, encarece os alimentos orgânicos. Ou seja, adotar essa dieta significa pagar mais pela sua comida.

No supermercado, hortifrúti ou na feira, procure por alimentos que sinalizem a produção orgânica. Uma ótima dica é buscar por pequenos produtores agrícolas, que, geralmente, oferecem preços mais em conta para orgânicos, e também oferecem serviços personalizados que atendem às suas necessidades. Em geral, é sempre bom pensar na melhor forma de comer de forma mais saudável, pensando na sua saúde e na do planeta também. 

Fonte: Blog Salon Line