Adriana Chiari Magazine

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Monitore com quem seu filho conversa na internet.

Perigos da internet:

8 dicas para falar sobre o assunto com uma criança.

Não há como negar que a tecnologia faz parte da vida das crianças de hoje em dia. Muito mais do que isso, os pequenos vivem conectados várias horas por dia — seja em casa ou na escola, a interatividade está em constante crescimento e sempre presente.

Porém, esse fenômeno que estamos vivenciando traz também um dos maiores medos dos pais e responsáveis: os perigos da internet. Sabe-se que, infelizmente, as crianças estão muito expostas a pessoas de má índole que podem se aproveitar da inocência dos pequenos. 

Por isso, é importante ter jogo de cintura, criatividade e sensibilidade para lidar com a situação. Apesar dos cuidados que devem ser tomados em seu uso, vale salientar que a internet não configura-se como uma vilã, visto que traz muitos benefícios e vantagens.

Com um canal de diálogo sempre aberto e uma relação de cumplicidade desenvolvida a cada dia, o cenário em que as crianças interagem com a internet tem tudo para ser positivo.

Para ajudar nessa delicada e tão importante tarefa, separamos aqui 8 dicas para abordar os maiores perigos da internet e entender como contorná-los! Continue lendo e confira.

1. Tenha cuidado com os predadores online

Você sabia que existem pessoas que ficam caçando vítimas potenciais na internet? Pois é. São os predadores online e as crianças são seus alvos preferenciais. Eles tentam mostrar os mesmos interesses que os pequenos e imitam sua forma de se comunicar, com o objetivo de criar vínculos afetivos. Em seguida, buscam saber mais informações sobre a sua família e rotina, e até chamam-os para encontros pessoais.

Nesse caso, em primeiro lugar, o ideal é que você fique sempre muito atento às páginas que o seu filho acessa. Explique a ele que, infelizmente, muitos adultos mentem para crianças pela internet, com o intuito claro de machucá-las e aos seus pais.

Conte histórias verdadeiras de casos que já aconteceram, mas sempre com muito cuidado quanto às palavras que utilizar, ok? O seu filho precisa entender bem o que são os predadores, mas não criar pânico, traumas ou medo excessivo. O que ele realmente precisa aprender é a maneira de sair dessas situações.

2. Explique os cuidados ao compartilhar fotos e vídeos

Eis aqui outro grande problema que pode ser evitado se conversado com as crianças. Com a popularização de aplicativos de compartilhamento de fotos e vídeos (como o Instagram ou o Musical.ly, por exemplo), o número de imagens de jovens na rede subiu exponencialmente.

Já que a troca de fotos e vídeos na internet é muito comum e que, para os pequenos, esse tipo de prática é estimulante e atraente, é necessário conversar. Por isso, explique à criança que, se alguém lhe pedir imagens pessoais ou de sua família, ela deve desconfiar e chamar você imediatamente.

Além disso, é essencial que você explique que não há motivo nenhum para que uma pessoa que ele não conhece peça esse tipo de conteúdo. Assim, ele passará a associar essa solicitação a uma atitude incorreta e que merece desconfiança.

3. Alerte sobre os perigos dos encontros presenciais

Talvez esse seja o maior problema dentre os perigos da internet. Quando as medidas de segurança anteriores não foram totalmente eficazes, o seu filho pode já estar envolvido com um “amigo virtual”, que passa a também querer encontrá-lo pessoalmente.

Vale reforçar para a criança que em nenhuma hipótese ela deve sair para conhecer alguém que você ou qualquer outro adulto da família desconheçam. Isso também pode ser reforçado com o conselho de não dar atenção a estranhos na rua nem aceitar presentes de qualquer pessoa que a criança nunca tenha visto antes — muito menos sem a presença dos pais.

4. Restrinja o acesso a sites proibidos para menores

O livre acesso à internet pode fazer com que as crianças entrem em contato com conteúdos que não são exatamente adequados para as suas faixas etárias. Isso não inclui, obviamente, apenas sites de teor erótico, voltados para o público adulto, mas imagens que podem ser fortes ou traumáticas.

É muito difícil controlar esse tipo de aspecto da internet, especialmente já que nem sempre precisamos buscar algo para que isso seja mostrado para nós. Por isso, é muito importante conversar e utilizar algumas ferramentas para evitar que esse tipo de conteúdo seja mostrado ao seu filho durante a navegação na web.

Aqui, vale incluir as redes sociais, como o Facebook. Dialogue com cuidado para que o seu filho entenda que você não está fazendo uma restrição aleatória! A proibição parte apenas do real perigo que existe em entrar em sites sem a presença e monitoramento de um adulto.

5. Trabalhe a prevenção ao bullying

Assim como nas escolas, a presença do bullying é muito marcante na internet. Talvez, nesses casos, ela seja ainda mais acentuada, graças à sensação de anonimato que esse tipo de comunicação traz aos seus usuários.

O bullying é um dos principais problemas na educação de crianças e adolescentes na atualidade, e orientá-las acerca de suas consequências é fundamental. Esse trabalho deve ser feito em conjunto numa parceria entre pais e educadores e deve começar o quanto antes.

Apesar disso, é preciso preservar também as crianças, conversando com elas sobre esse tipo de assunto e mostrando que estaremos sempre presentes para auxiliá-las em qualquer situação.

6. Monitore de perto o uso da internet

Monitorar o uso que seu filho faz da internet não é sinônimo de invasão de privacidade, mas sim de presença. Estar sempre por perto enquanto a criança utiliza a internet e demonstrar o apoio são fatores fundamentais para estimular essa proteção.

Nesse caso, é importante acompanhar não apenas a interação da criança com desconhecidos, como também com os amigos. Verifique o tipo de linguagem que usam, se não estão passando dos limites na agressividade ou no compartilhamento de informações.

Explique a seu filho que nada na internet pode ser apagado e que, como ele ainda vai viver muitos anos, um problema que aconteça agora pode ter consequências negativas para o resto da sua vida.

7. Instale filtros de segurança

A instalação de filtros de segurança também pode ser utilizada. Esse tipo de ferramenta evita que certos tipos de conteúdo sejam mostrados aos usuários, protegendo a integridade da criançada e favorecendo um ambiente muito mais seguro para a navegação.

Verifique nos dispositivos que seu filho usa as opções disponíveis de filtros de segurança. Os navegadores de internet oferecem essa opção. No Google Chrome, basta ativar o Safe Search, que omite conteúdos impróprios da pesquisa. Para o Internet Explorer, existe uma página dedicada ao assunto que explica como proibir o acesso a sites adultos.

8. Dê opções de entretenimento para as crianças na internet

Além disso, é importante encontrar outras opções de entretenimento para as crianças, de forma que ela possa usar a internet de um jeito mais criativo e sem precisar correr riscos. A tecnologia não precisa ser vista como um perigo constante e pode ser utilizada com muita criatividade. Que tal, por exemplo, estimular a criação de jogos e aplicativos? Dessa forma, o seu filho está protegido enquanto aprende algo construtivo para a sua formação!

Enfim, os perigos da internet existem e, infelizmente, sempre vão existir. Por isso, cabe a você conversar com jeitinho com o seu pequeno e mostrar que ele pode estar seguro seguindo recomendações simples e importantes.

Fonte : http://www.ctrlplay.com.br/blog