A depressão: Como identificá-la e combatê-la.

A depressão: Como identificá-la e combatê-la


É natural nos sentirmos abatidas em alguns momentos da vida. Mas é importante notarmos quando o vazio e o desespero tomam conta do nosso dia-a-dia, tornando-se permanentes e afetando a motivação. Você sabia que isto pode ser depressão?


Mais do que apenas um ataque de tristeza, a depressão não é uma fraqueza ou falta de disciplina, nem é algo que podemos resolver apenas com a vontade própria. Para o deprimido, deixar de estar triste não é uma questão de tomar a decisão e agir. A depressão é uma doença crônica que geralmente requer tratamento a longo prazo, e precisa de ajuda médica e psicológica para ser controlada.


Os pontos baixos da depressão podem afetar nāo apenas o humor, mas a funcionalidade e com isto não sentimos prazer na vida. Deixamos de nos interessar por família, amigos e atividades que antes nos davam prazer. Com a depressão tudo parece inútil e sem sentido, mas com o seu esforço e o apoio da família, voce pode sim se recuperar deste estado que te traz tanta tormenta.


A depressão foi uma doença muito mal compreendida durante muitas décadas, e isto levou a interpretações equivocadas sobre suas causas e sintomas, provocando uma estigmatização dos seus portadores. Até hoje é muito comum encontrarmos pessoasdeprimidas que não aceitam o seu diagnóstico, ou familiares e amigos que tratam o deprimido como alguém mentalmente fraco, incapaz de superar as dificuldades da vida. Não se deve tratar o paciente deprimido como alguém simplesmente triste, incapaz de reagir. O apoio é fundamental para que haja uma recuperação.


Você sabe diferenciar a depressão de uma tristeza?


A tristeza é uma reação normal e esperada para muitas situações, como a morte de um ente querido, o fim de um relacionamento amoroso, problemas familiares, etc. É muito normal o indivíduo passar alguns dias ou semanas tristes após situações de perda. Isto não é depressão.

Para considerarmos um quadro de depressão a tristeza precisa ser prolongada e acima do normal, o suficiente para interferir nas atividades diárias da pessoa, reduzindo a capacidade de cuidar de si mesmo, atrapalhando relacionamentos, prejudicando suas atribuições profissionais, etc. Se você perde um parente e sente-se triste por semanas, isso é normal. Mas se esta tristeza for tão intensa, e semanas após a perda você ainda não conseguiu retomar a sua vida em questões básicas, isso pode ser depressão.


Na tristeza, o indivíduo costuma apresentar períodos de melhora ao longo do dia, conseguindo esquecer por momentos a causa da sua tristeza. Na depressão, o sentimento é contínuo e não alivia com a ajuda de outros. A depressão costuma também provocar um sentimento de culpa, mas sem motivo aparente. O deprimido sente uma pesada culpa, mas não sabe explicar bem por quê.


Se voce está tentando descobrir se algum conhecido apresenta depressão, vale lembrar que o deprimido nem sempre apresenta para os amigos e família um comportamento de tristeza excessiva. A depressãopode ser mais sutil, e se manifestar como perda do interesse em atividades que antes eram prazeirosas, ausência de planos para o futuro, alterações do padrão do sono, isolamento social ou baixa autoestima. Para estar deprimido não é preciso passar o dia inteiro na cama chorando.

A tristeza sempre tem uma causa, a depressão não. Obviamente, acontecimentos tristes podem desencadear uma depressão, mas nem sempre esta situação triste precisa ocorrer para o indivíduo iniciar um quadro de depressão.


Alguns sintomas comuns da depressão que podem te ajudar a identifica-la:


- Dificuldade de dormir ou dormir em excesso;

- Dificuldades de concentração; 

- Sentir-se desesperançada e desamparada;

  • Não conseguir controlar os seus pensamentos negativos por mais que se esforce;
  • Sentir-se irritada com facilidade e com humor diminuído do que é habitual;-
  • Perder o apetite ou não conseguir parar de comer;

- Ter pensamentos de que não vale a pena viver (procure ajuda imediata).


A depressão precisa de acompanhamento médico e psicológico, mas podemos de alguma forma nos ajudar a enfrentar melhor esta situação. É possível sim, aprender como reduzir de forma significativa os seus níveis de angústia. Na maioria dos casos, a melhor abordagem envolve uma combinação de suporte social, mudanças de estilo de vida, desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais complementado com ajuda profissional.


Algumas maneiras de diminuir os sintomas são:


Combata problemas administráveis. Nem todos os problemas possuem soluções diretas; a depressãopode ser exacerbada por questões fora de seu controle, como saúde, problemas financeiros e a morte de um ente querido. Para superar os problemas mais duros da vida, é útil praticar a abordagem em relação ao que pode ser mudado. Quais obstáculos menores da vida podem causar uma negatividade diária? Pratique superá-las e você ganhará forças para encarar questões maiores.

Seja gentil consigo mesma. A depressão pode causar sentimentos extremamente negativos em relação às habilidades e à personalidade alheias. Foque no que você gosta em si e nas coisas positivas que tem a oferecer em vez de reclamar no que há de errado.

Expresse-se. A depressão tende a fazer com que as pessoas se retirem da vida e evitem a comunicação com os outros. Isso apenas piora quando as emoções ficam presas. Seus sentimentos têm valor por fazerem parte de você – encontre um meio de expressá-los.


Mude seus padrões de atividades.

Passe um tempo fora. Respire ar fresco, entre em contato com a luz solar importantíssima para os níveis de vitamina D. Isso tudo melhora o humor. Passe um tempo fora de casa todos os dias.

Exercite-se diariamente. Movimentar o corpo é um jeito de relaxar a mente. É comprovado que o exercício físico diminui a depressão. Encontre um exercício que te alegre, como caminhar, praticar yoga, natação ou pedalada, e repita-o diariamente. Não se preocupe em se exercitar para perder peso, e sim foque no bem estar trazido pelo corpo. Sinta o coração batendo e a respiração ofegante. Convidar um amigo ou parente para estas atividades te dará ainda mais prazer.

Mantenha-se ocupada. Dedicar-se a uma rotina ocupada é importante para escapar da melancolia. Se você não tem um trabalho ou aulas, leve um livro ou um notebook até a cafeteria mais próxima. Não desperdice um dia de existência apenas por estar triste. Faça uma lista das coisas que precisam ser feitas semanalmente, e verifique o que foi conquistado. Aceite responsabilidades. Desistir das responsabilidades durante a depressão pode gerar sentimentos de inadequação e infortúnio.


Cuide de você

Coma alimentos com propriedades antidepressivas.Além de comer uma dieta equilibrada, aumente a quantidade de alimentos que ajudem a combater a depressão. Alimentos contendo ácidos graxos ômega 3, como salmão, sardinhas e nozes, e alimentos com outras gorduras saudáveis como óleo de coco e abacates são espetaculares.

Procure um terapeuta. Terapeutas são treinados para ajudar a desenvolver novos padrões de pensamento e comportamento que aliviam a depressão, evitando que ela ocorra novamente. Seu terapeuta desenvolverá um plano de tratamento focado em suas necessidades. Existem fortes evidências de que a terapia é muito eficiente para curar a depressão, seja por si própria ou quando combinada com medicações.


Busque ajuda

Se você acha que resolver um problema como a depressão é praticamente impossível, não se desespere. Sentir-se incapaz e sem esperança são sintomas da depressão, esta não é a realidade da sua situação. É a depressão que causa estas distorções de pensamentos. Isso não significa que você é fraco ou que você não pode mudar! O primeiro passo para recuperar-se da depressão é procurar ajuda. Voce precisa de ajuda e de apoio para acelerar a sua recuperação. O isolamento aumenta a manifestação da depressão e funciona como um combustível, por isso procure estar em contato com as pessoas e não as evite mesmo quando você se sente sozinho no mundo. Deixe a sua família saber que você está passando por um momento difícil, eles podem funcionar como a sua primeira linha de apoio.                                                                  

Texto: Raquel Godoy                           Facebook: https://www.facebook.com/Raquel-Godoy-Psychotherapist-975516099280696/?ref=bookmarks

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